Reprimir vontades não é lá muito saudável. Concordo. Andar numa luta quase carnal connosco próprios, para não ceder aos nossos desejos mais íntimos, é desgastante. Também concordo. Mas até quando é que estamos na altura certa para largar tudo o que temos e arriscar no incerto? Será só quando somos novos e temos a vida toda pela frente, sem responsabilidades, sem compromissos, sem juízo e sem medo? Ou será que vale a pena em qualquer momento do nosso percurso? Por muito que desejemos, valerá o risco entrar por uma porta que não sabemos onde vai dar? O que é que prevalece: o desejo ou a segurança? E será só mesmo uma questão de desejo, ou é mais alguma coisa para além disso? É que aquela nesga de proximidade, fez-me sentir coisas que já não sentia há muito tempo... e não é a nível físico (nem vamos por aí). Aquela sensação de "é mesmo isto que eu quero!". Agora. Mais. Muito mais. É tão injusto olharmos para uma pessoa e sentir cada centímetro do nosso ser a desejá-la... e quando chegamos a casa, não é essa pessoa que lá está, ao nosso lado, a dormir tranquilamente. É errado. E o errado remexe com a nossa culpa, com a nossa integridade, com as nossas supostas certezas. Qual é o critério para tomar uma decisão desta natureza? Como é que se pode destrinçar tudo e chegar a uma conclusão sólida? Será o tempo o factor necessário? Ou será essa uma forma fácil de tentar escapar ao inevitável? Oh questions... decisions, decisions... Serigaita B.
1 comentário:
Gostei de teres começado o texto com uma afirmação e depois teres concordado com a dita. Demonstra que não estás tão dividida quanto isso :P
Na minha modesta opinião,a altura certa é quando acontece. Não é a altura em que tu te propões a que qq coisa aconteça ou que tu achas que tens condições para que essa coisa aconteça ou quando já não tens saída e é "forçada" a acontecer (seja o que for aquilo que tu estás a falar). Nem acho que tenha que haver "preparação" para que aconteça... (OK, a depilação é fundamental)
Acho, na minha modesta opinião, que o que quer ke sejam essas "coisas", quando têem que acontecer, acontecem..
Mas dói até acontecer e irrita e pronto. Na minha modesta opinião, seja quem for o rapazinho, esquece a parte da segurança. A segurança é boa quando tens medo que te roubem a casa.Quando queres viver (e diz que nós só vivemos uma vez, cada um), vai atrás de quem gostas e de quem queres. Arriscas uma desilusão, mas eu preferiria saber que, pelo menos, tinha tentado e que não iria ficar a pensar durante o resto da vida num hipotético "e se...".
Go for it, you go girl!
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