It's alright, it's okay...

É difícil saber realmente se uma pessoa é certa para nós, ou não. Crescemos a ouvir dizer que "cada panela tem seu testo", mas quando é que sabemos que o encontrámos? Eu tenho a teoria de que só no final da nossa vida é que podemos com legitimidade fazer essa avaliação. Nos finalmentes é que talvez possamos pensar "Fulano X foi a pessoa certa para mim, foi o amor da minha vida".
No entanto, e como optimista que sou, penso que vamos encontrando várias pessoas certas para nós, vários "testos", conforme a nossa idade, o nosso estado de alma, maturidade, etc. Uns fecham melhor que outros, é verdade. Às vezes queremos obrigar o maldito a fechar, mesmo tendo perfeita noção de que a panela correspondente é outra... e depois, claro, vai ao lume, começa a ferver e transborda, mais ou menos dolorosamente.
Mas também há os casos em que a tampa assenta na perfeição. Eu encontrei uma tampa dessas. E como é que eu sei que fica mesmo à medida? Por variadíssimos motivos. Porque amo e sou retribuída, porque o entendimento acontece de forma natural; não há discussões, não há desacordos; não tenho que pensar no que digo ou faço, com receio de ser julgada; rio e sorrio com o maior dos prazeres todos os dias; acordo e adormeço com o coração tranquilo, só por sentir o calor dele a envolver-me; damo-nos bem em todos os campos, e gostamos um do outro por aquilo que somos genuinamente.
Porém, uma das coisas que reparo, e que me deixa muito feliz, é que este testo que eu encontrei, aproxima-me em vez de me afastar das amizades. Sinto-me mais unida a ti R., do que há um ano atrás. Se esta pessoa tem esse poder, então só pode ser certa. Para além de tudo o resto, que está bem estampado no meu olhar e no meu sorriso de há uns meses para cá, este é dos feitos mais importantes. Por tudo isso, obrigada V..

Love you both.

Serigaita B.